sábado, 31 de março de 2012

Segunda-Feira, 15 de abril


Acordei pela manhã, ouvindo o “tic-tac” do relógio, instalado na parede branca do meu quarto. Meu coração acompanhava o ritmo do barulho. Suspirei antes de oficializar o início do meu dia. Levantei-me da cama, andei até o banheiro, lavei meu rosto, escovei os dentes e arrumei meu cabelo. Troquei de roupa e desci para tomar meu café da manhã.
Minha mãe, Elisabeth Anders, estava servindo o desjejum, meu pai, Anthony Anders, sentado na cadeira da ponta extrema da mesa, lendo as notícias do dia. Sentei-me ao seu lado, na lateral da mesa. Aquela manhã estava diferente, eu o sentia.
Minha mãe era realmente um doce, sempre de bem com a vida e contagiava todos por onde passava! Após servir o café da manhã, sentou-se diante de mim, ao lado direito do meu pai.
— E então, filha, como passou a noite? – Ela perguntou amável, enquanto meu pai dobrava o jornal e o punha ao lado da taça de café.
— Eu? Muito bem mamãe! E você? – Retribuí a simpatia.
— Ótima, meu bem. Obrigada.
Ela olhou para meu pai que estava vidrado no que bebia.
— E você Anthony? Passou bem à noite? – Ela quis ser gentil.
— Hmm? Falou comigo? – Meu pai estava distraído.
— Sim, pai! Ela falou! Por que você nunca presta atenção no que a mamãe ou eu falamos? Você sempre tem algo mais importante pra ver ou ouvir! – Me levantei da mesa enfurecida.
Subi as escadas, entrei no meu quarto, peguei minha mochila, desci e fui para a escola – meu último dia de aula até as férias de inverno.
Cheguei na escola e sentei-me no meu lugar. Enquanto pegava meus materiais para a aula, a Srta. Janne, professora de geografia, fazia a chamada.
— Peter Dill… – Ela chamou.
— Presente! – Ele respondeu.
Emily Anders… – Ela me chamou, porém não ouvi. — Emily Diana Anders! – Ela gritou.
— Ai! Presente! – Me assustei. — Perdão, Srta. Janne, eu estava… distraída. Mas estou presente. – tentei fazer o clima ficar mais leve.
— É bom que esteja! – Ela não deu um sorriso sequer.
Baixei minha cabeça e comecei a revisar a matéria rapidamente. Ela começou sua aula, sobre a Europa, mais especificamente a Romênia.
— Começando nossa aula… A Romênia é um país da Europa Oriental limitado a norte e a leste pela Ucrânia, a leste pela República da Moldávia e pelo mar Negro, a sul pela Bulgária e a oeste pela Sérvia e pela Hungria. A sua capital, e também maior metrópole, é a cidade de Bucareste. A Romênia faz parte da União Europeia desde 1º de Janeiro de 2007. Seu território é o nono mais extenso da UE, e sua população a sétima maior. Também é membro da OTAN desde 29 de Março de 2007. Além disso, compõe a União Latina, a Francofonia e a OSCE.
A aula estava muito interessante, tão interessante que peguei meu livro para ler!
— Mas quem é que quer saber sobre essa parte chata da Romênia?! – Ela se exaltou. — Vamos falar sobre algo mais interessante… – Ela fez uma cara de perversa.
Espiei por cima do livro que estava diante do meu nariz e, após essa rápida olhada, voltei a minha leitura.
— Vamos falar da Transilvânia… O lugar onde nasceu Conde Drácula! A Transilvânia é uma região histórica da Europa Central que constitui a zona centro-ocidental da Romênia. A sua capital é a cidade de Cluj-Napoca. A região é mundialmente conhecida graças a Vlad Ţepeş, o Drácula, nascido na localidade de Sighişoara e príncipe da Valáquia durante a Idade Média. Consequentemente, a região é a "Meca dos vampiros".
Comecei a achar o assunto um pouco mais atrativo, pois gostava dessas histórias de criaturas bizarras. Prestei atenção até o fim da aula.
Hora do intervalo, todos saíram da sala, peguei meu livro, sentei-me em um dos degraus da escada que leva a minha sala e o li até o fim do intervalo.
Depois das aulas terem passado, hora da saída. Saí da sala e fui para casa. Quando cheguei minha mãe estava contando e recontando malas de viagem enormes!
— Pra onde vamos? – Perguntei curiosa.
— Estou com muita vontade de explorar a Europa! Vamos pra Romênia! – Ela disse empolgada enquanto recontava as malas mais uma vez.
Isso foi uma incrível coincidência, só havia um “porém”.
— Romênia?! Mãe! Só tenho duas semanas de férias! Em duas semanas eu vou e volto! – Eu me joguei no sofá, incrédula na decisão da minha mãe.
Meu pai desceu as escadas correndo.
— Minha mala já está aí? Vamos contar! Uma, duas, três… – Ele também estava eufórico.
— Até você, pai?! Como fica seu emprego? – Eu questionei.
— Sou autônomo, meu bem, esqueceu? – Ele riu.
Vi que não tinha jeito e subi pra pegar algo que tivesse sobrado no meu quarto. Abri meu guarda-roupa e peguei meu caderno de desenhos. Minha verdadeira vontade era ficar trancada dentro do guarda-roupa, mas, como não era possível, desci as escadas e esperei meus pais saírem.
Meu pai pôs as malas todas dentro do carro, fomos até o aeroporto e pegamos o voo para a Romênia. No voo, comi mais amendoim do que comida de verdade, pois quando fico entediada, vou comer! Não sei como consigo manter minha forma magrela.
Depois de algumas horas, chegamos ao Aeroporto, pegamos um táxi e nos instalamos no hotel Transilvânia II. Justo o lugar em que a professora me havia dito haver vampiros, mas eu estava meio descrente dessa história.
Quando o táxi parou diante do hotel, notei que ao lado dele havia outro hotel, mas não era hospedado. Como era noite, resolvi não explorar o outro hotel. Juntamente com meus pais, andei até a recepção. Ao conseguirmos um quarto, subimos até o quarto andar do prédio, entramos no quarto indicado para nós e nos alojamos ali.
Joguei-me sobre uma cama de casal.
— Ah! Que delícia! Não aguentava mais ficar dentro daquele avião comendo amendoim! – Eu disse rindo.
— Ah, não, mocinha! Sua cama é aquela ali! – Minha mãe apontou para uma cama de solteiro no canto do quarto.
— Ótimo! Qualquer coisa serve pra mim! – Eu ri mais uma vez.
Levantei-me da cama e fui tomar meu banho. Depois de pronta, arrumei minhas coisas no guarda-roupa e fui me deitar.

2 comentários:

  1. Muito bom!
    Boa sorte com teu blog e em tua carreira de escritora! Não desista nunca!
    GK

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    1. Muito obrigada. Espero que goste das outras partes da história.

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