sábado, 7 de abril de 2012

Sábado, 4 de fevereiro Pt. 3

O sol brilhava forte quando encontrei o caminho até minha casa. Fui andando devagar, comecei a ficar cansada, minha pressão baixou. Sentei-me em um banco, na sombra e esperei passar a tontura. Em alguns minutos já estava melhor. Suspirei profundamente e segui meu caminho. Continuei caminhando pelo sol, observando a paisagem. Não demorou muito para que eu ficasse tonta novamente.
- Droga... - Eu me escorei em uma parede.
Uma moça passou por mim, segurando uma sombrinha.
- Você está bem, senhorita? - Ela me encarou inexpressivamente.
- Eu... eu estou bem... - Murmurei tonta.
- Não, você não está. - Ela me segurou pela mão e me levou até um bar.
Me sentei em um banco e escondi o rosto entre os braços.
- Como é seu nome, mocinha? - Ela tinha a voz doce.
- Emily. - Eu balbuciei. - E o seu?
- Elena. - Ela disse friamente.
- Nome bonito. - Levantei a cabeça e a fitei, ela estava séria.
Ela assentiu com um sorriso forçado nos lábios.
- Você quer alguma coisa? - Ela fechou a sombrinha que trazia consigo.
- Não. Só quero ir pra  minha casa. O sol está fazendo minha pressão cair muito rápido. - Eu escorei minha cabeça em minha mão.
- Pegue isso e vá. - Ela me entregou a sombrinha delicada.
- Não posso... Você vai ficar sem. - Devolvi para ela.
- Fique. Por favor. - Ela me lançou um olhar doce e amável.
Fiquei sem jeito.
- Tudo bem. - Sorri timidamente.
Peguei a sombrinha, me despedi da moça doce e saí. Abri a sombrinha e segui até minha casa. Cheguei, larguei a sombrinha fechada em um canto da sala e me sentei no sofá. Dominic vinha descendo as escadas devagar.
- Dominic! - Me levantei e corri até ele.
Ele não disse nada; só subiu as escadas, sério. Aquela cena me partiu o coração. Eu o segui até meu quarto.
- Dominic, o que houve? - Eu me aproximei dele.
- O que você estava fazendo com ele? - Ele não olhou para mim.
- Ele queria conquistar minha confiança. - Revirei os olhos.
- Não duvido que você já tenha confiado nele. - Ele continuava bravo.
- Não, Dominic! - Eu me alterei. - Eu nunca confiei nele! Ele é um... deles! - Eu murmurei sem jeito.
Eu estava começando a gostar de Derick e isso não era nada bom.
- Você gosta dele, Emy! Isso não me agrada! - Ele estava rígido.
- Derick é... simpático... mas não merece minha confiança. - Eu me encolhi.
- Emily, eu te imploro! Fique longe do Stiletto. - Ele disse com repulsa.
Eu o abracei. Ele pareceu ficar com nojo de mim.
- Você... - Eu me encolhi.
- Não. Não ouse pensar isso outra vez, Emily. - Ele levantou meu rosto.
Ele me beijou de leve, e outra vez, e outra vez. Beijou meu pescoço, me arrepiei toda. Atei meus punhos ao seu pescoço e o derrubei sobre a cama. Eu fixei meus olhos nele e o beijei intensamente.
- Emily... - Ele murmurou; nem liguei.
- Shh... Quero provar que eu realmente te amo! - Eu murmurei rouca.
- Não precisa fazer isso, Emy. - Ele segurou firmemente a minha cintura.
- Você quer, eu sei... - Eu sussurrei.
- E você? Quer mesmo isso? - Ele murmurou em meu pescoço.
- Se você quiser, eu quero. - Eu estava fora de mim.
- Então eu não quero. - Ele continuou deitado e agarrado na minha cintura.
- Por que? - Eu sussurrei em seu ouvido.
- Por que eu te amo. Amo você assim, pura como você está. - Ele sussurrou sobre meus lábios e me beijou de leve.


Continua....

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