domingo, 8 de abril de 2012

Sábado, 4 de fevereiro Pt. 4

Me levantei da cama, sem conseguir esconder meu aparente descontentamento. Ele notou.
- Sei o quanto está chateada, mas preciso que me entenda. – Ele se levantou e me seguiu escada a baixo.
- Imagina... Já entendi. Não precisa perder tempo se justificando. – Eu fui frígida. – Não vou fazer isso outra vez. – Baixei a cabeça e peguei um sanduíche de dentro da geladeira.
Sentei-me no balcão da cozinha, fui comendo devagar. Ele me encarava, como quem me avalia.
- Me desculpe. – Ele fixou os olhos em mim.
- Não precisa fazer isso, Dominic. Sabe que a culpa foi minha. Quando me disse que iria junto, deveria ter te levado comigo. Quem sabe Derick desistiria. – Murmurei.
- Odeio te ver chateada. Principalmente quando o motivo de sua chateação sou eu! – Ele escorou os braços ao lado das minhas pernas, no mármore escuro do balcão.
Olhei-o fundo nos olhos, ele sorriu aquele riso maravilhoso; eu não conseguia resistir.
- Você é impossível... – Murmurei e beijei seu rosto.
- É? E você é perfeita. – Ele sorriu novamente.
- Estou longe de ser perfeita. – Larguei o prato ao meu lado.
- Pelo menos, a meu ver, você não tem mais o que fazer pra ser perfeita, a não ser... – Ele sorriu de leve e ficou sério de súbito.
- A não ser...? – Incentivei-o a prosseguir.
- A não ser aceitar proposta que… eu lhe fiz. – Ele ficou sem jeito.
- Ahm... – Eu murmurei, ainda mais embaraçada que ele.
- Não preciso que diga que sim. Só quero ouvir com sinceridade sua resposta. – Ele me fitou nos olhos.
Eu o encarei fixamente, tentando desvendar o mistério que ele ocultava no olhar, o que me deixava simplesmente sem reação ou pensamento.
Ele baixou o olhar ao ver que o luar em seus olhos influenciaria em minha resposta.
- Responda, por favor. – Ele manteve os olhos fechados e a cabeça baixa.
Ergui seu rosto delicadamente e beijei sua testa.
- Eu acho que ainda sou nova demais pra casar. Se você aceitar esperar, eu caso com você, mas mais tarde. O que você acha? – Propus.
Ele não disse nada; apenas sorriu e me surpreendeu com um beijo rápido e leve sobre os lábios. Eu ri e o abracei.
- Ok. Vou reformular minha proposta, já que você quer que eu espere. – Ele sorriu torto.
- Hum. – Eu o encarei sorrindo discretamente.
- Emily Diana Anders, você me daria à honra de se tornar minha noiva? – Ele tirou do bolso uma caixinha azul de veludo. – Esperarei o tempo que for pra ver você ao meu lado, vestida de branco e dizendo aceito. – Ele riu baixo.
- Sim, Dominic, aceito ser sua noiva. – Eu sorri. – Mas deixe-me corrigir: a honra de ser sua noiva é toda e completamente minha.
Ele riu e me beijou.
- Me desculpe pela crise de ciúmes que eu dei. Fui um completo idiota. – Ele estava realmente arrependido.
- Não, Dominic. A culpa foi minha. Nem deveria ter aceitado ir à lugar algum com aquele garoto. – Eu murmurei.

Continua...

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